Sou
Elis Teixeira, mãe negra feminista, doula e produtora cultural no coletivo
Ajayô e partir de hoje inauguro uma coluna semanal aqui neste site para tratar
de doulagens, protagonismo feminino, humanização e nascimentos
respeitosos nas periferias.
O Brasil está no topo da lista dos países que mais fazem cesáreas no mundo. Enquanto a Organização Mundial da Saúde sugere que aproximadamente entre 10 e 20% dos nascimentos deveriam ocorrer a partir de uma cesárea, aqui temos hospitais e médicos com incidência de cesáreas em 95% dos nascimentos. Ou seja, o parto vaginal que é um evento fisiológico está sendo substituído por uma cirurgia bastante invasiva, aumentando muito o risco de intercorrências nas primeiras horas do recém-nascido, além de acarretar uma série de consequências negativas permanentes na saúde da mãe e do bebê.Uma cesárea desnecessária é apenas uma das violências obstétricas que uma gestante pode sofrer. Muitos são os relatos de mulheres que são desrespeitadas durante todo o processo de gestação, desde as consultas de pré-natal, durante o trabalho de parto e também nos pós-parto.
Diante deste cenário tenebroso intensificou-se, no Brasil, especialmente nos últimos 5 anos, um forte movimento que defende e reivindica o "parto humanizado". A expressão "parto humanizado" refere-se à uma série de posturas e condutas que incentivam o protagonismo da mulher, o respeito aos direitos e aos desejos da gestante, que priorizam a segurança da mãe e do bebê e o parto o mais natural possível, com o menor número de intervenções desnecessárias.Dentre as maiores influências para essa tendência mais "humanizadora" estão obstetrizes, enfermeiras obstétricas, doulas, medic@s e as parteiras tradicionais. Esses profissionais se especializam na promoção de assistência segura ao parto que tem a gestante como protagonista do processo e o bem estar da mãe e do bebê como prioridade máxima.
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trate de temas relacionados à humanização, doulagens e empoderamento feminino.
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*Na foto, a Doula Elis Teixeira faz uma massagem na Jerá, liderança Guarani, durante a vivência promovida pelo coletivo Ajayô nas aldeias Tenondé Porã e Kalipety em outubro de 2017.A foto é de autoria do jornalista Fernando Sato.
Para saber mais sobre o trabalho de Elis Teixeira consulte o link
https://www.facebook.com/doulaelisteixeira/
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