terça-feira, 28 de março de 2017

Ogundelê Ogum

Ogundelê
deus da guerra, agricultura, ferro, metais e tecnologia
Pais Oxalá e Iemanjá
Irmãos Oxóssi e Exu
Cônjuges Iansã e Oxum
arma espada
sincretismo São Jorge e Santo Antônio


Ogum ou Ogulê (em iorubá: Ògún) é, na mitologia iorubá, o orixá ferreiro, senhor do ferro, da guerra, da agricultura e da tecnologia. O próprio Ogum forjava suas ferramentas, tanto para a caça, como para a agricultura e para a guerra. Na África, seu culto é restrito aos homens, e existiam templos em Ondo, Ekiti e Oyo. Era o filho mais velho de Oduduwa, o fundador de Ifé, identificado no jogo do merindilogun pelos odus etaogunda, odi e obeogunda, representado materialmente e imaterial no candomblé através do assentamento sagrado denominado igba ogun.

Ogum é considerado o principal orixá a descer do Orun (o céu) para o Aiye (a Terra) após a criação, um dos semideuses visando a uma futura vida humana. Em comemoração a tal acontecimento, um de seus vários nomes é Oriki ou Osin Imole, que significa o "primeiro orixá a vir para a Terra". Ogum foi provavelmente a primeira divindade cultuada pelos povos yorubá da África Ocidental. Acredita-se que ele tenha wo ile sun, que significa "afundar na terra e não morrer", em um lugar chamado 'Ire-Ekiti'.

É também chamado de Ògún, Ogoun, Gu, Ogun e Oggún. Sua primeira aparição na mitologia foi como um caçador chamado Tobe Ode.

Família 

Assentamento de Ogum no candomblé
É filho de Oduduwa e Yemu. Ogum é o filho mais velho de Odudua, o herói civilizador que fundou a cidade de Ifé. Quando Odudua esteve temporariamente cego, Ogum tornou-se seu regente em Ifé. Ogum é um orixá importantíssimo na África e no Brasil. Sua origem, de acordo com a história, data de eras remotas. Ogum é o último Igbá imolé. Os Igba Imolé eram os duzentos orixás da direita que foram destruídos por Olodumaré após terem agido mal. A Ogum, o único Igba Imolé que restou, coube conduzir os Irun Imole, os outros quatrocentos orixás da esquerda.

Foi Ogum quem ensinou aos homens como forjar o ferro e o aço. Ele tem um molho de sete instrumentos de ferro: alavanca, machado, pá, enxada, picareta, espada e faca, com as quais ajuda o homem a vencer a natureza.

O guerreiro 
Era um guerreiro que brigava sem cessar contra os reinos vizinhos. Dessas expedições, ele trazia sempre um rico espólio e numerosos escravos. Guerreou contra a cidade de Ará e a destruiu. Saqueou e devastou muitos outros estados e apossou-se da cidade de Irê, matou o rei, aí instalou seu próprio filho no trono e regressou glorioso, usando ele mesmo o título de Oníìré, "Rei de Irê". Tem semelhança com o vodum Gu.

segunda-feira, 27 de março de 2017

Laroiê Exu Mojuba - VIDEO

Laroiê Exu Mojuba

Exu é um orixá africano, também conhecido como: Esu, Eshu, Bará, Ibarabo, Legbá, Elegbara, Eleggua, Akésan, Igèlù, Yangí, Ònan, Lállú, Tiriri, Ijèlú. Algumas cidades onde se cultua o Exu são: Ondo, Ilesa, Ijebu, Abeokuta, Ekiti e Lagos.

Exu
Orixá da comunicação, do movimento e da sexualidade
Pais Oxalá e Iemanjá
Irmãos Ogum e Oxóssi
instrumento ogó (bastão com cabaças)
sincretismo Santo Antônio, na Bahia.

História
Dia: Segunda-feira

Cores: Preto (ou, a fusão das cores primárias) e vermelho.

Símbolos: Ogó de forma fálica, falo erecto.

Elementos: Terra e fogo.

Domínios: Sexo, magia, união, poder, e transformação.

Exu é o orixá da comunicação, da paciência, da ordem e da disciplina. É o guardião das aldeias, cidades, casas e do axé, das coisas que são feitas e do comportamento humano. A palavra Èșù, em iorubá, significa 'esfera', e, na verdade, Exu é o orixá do movimento. Ele é quem deve receber as oferendas em primeiro lugar a fim de assegurar que tudo corra bem e de garantir que sua função de mensageiro entre o Orun (o mundo espiritual) e o Aiye (o mundo material) seja plenamente realizada.

Na África na época da colonização europeia, o Exu foi sincretizado erroneamente com o diabo cristão pelos colonizadores, devido ao seu estilo irreverente, brincalhão e à forma como é representado no culto africano. Por ser provocador, indecente, astucioso e sensual, é comumente confundido com a figura de Satanás, o que é um equívoco, de acordo com a construção teológica iorubá, posto que não está em oposição a Deus, muito menos é considerado uma personificação do mal.

Mesmo porque, nessa religião, não existem diabos ou entidades encarregadas única e exclusivamente de coisas ruins, como ocorre no cristianismo, segundo o qual tudo o que acontece de errado é culpa de um único ser que foi expulso por Deus. Na mitologia yoruba, porém, assim como no candomblé, cada uma das entidades (Orixás) tem sua porção positiva e negativa assim como o próprio ser humano.

De caráter irascível, Exu se satisfaz em provocar disputas e trazer calamidades para as pessoas que estão em falta com ele. No entanto, como tudo no universo possui de um modo geral dois lados, positivo e negativo, Exu também funciona de forma positiva quando é bem tratado. Daí ser Exu considerado o mais humano dos orixás, pois o seu caráter lembra o do ser humano, que é, de um modo geral, mutante em suas ações e atitudes.

Conta-se na Nigéria que Exu teria sido um dos companheiros de Oduduà quando da sua chegada a Ifé e chamava-se Èsù Obasin. Mais tarde, tornou-se um dos assistentes de Orunmilá e ainda rei de Ketu, sob o nome de Èsù Alákétú. A palavra elegbara significa "aquele que é possuidor do poder" (agbará) e está ligada à figura de Exu.

Um dos cargos de Exu na Nigéria, mais precisamente em Oyó, é denominado Èsù Àkeró ou Àkesán, que significa "chefe de uma missão", pois este cargo tem como objetivo supervisionar as atividades do mercado do rei. Exu praticamente não possui ewós (ou quizilas) e aceita quase tudo o que lhe oferecem.

Os yorubas cultuam Exu em um pedaço de pedra porosa chamada Yangi, ou fazem um montículo grotescamente modelado na forma humana com olhos, nariz e boca feita de búzios. Ou ainda representam Exu em uma estatueta enfeitada com fileiras de búzios tendo em suas mãos pequeninas cabaças onde ele, Exu, carrega diversos pós de elementais da terra usados de forma bem precisa em seus trabalhos.

Exu tem a capacidade de ser o mais sutil e astuto de todos os orixás. E quando as pessoas estão em falta com ele, simplesmente provoca mal entendidos e discussões entre elas e prepara-lhes inúmeras armadilhas. Diz um orìkì que: "Exu é capaz de carregar o óleo que comprou no mercado numa simples peneira sem que este óleo se derrame".

E assim é Exu, o orixá que faz o erro virar acerto e o acerto virar erro. Èsù Alákétú possui essa denominação quando Exu, por meio de uma artimanha, conseguiu ser o rei da região, tornando-se um dos reis de Ketu. Sendo que as comunidades dessa nação no Brasil o reverenciam também com este nome. Todos os assentamentos de Exu possuem elementos ligados às suas atividades. Atividades múltiplas que o fazem estar em todos os lugares: a terra, pó, a poeira vinda dos lugares onde ele atuará. Ali estão depositados como elemento de força diante dos pedidos.

Brasil

Escultura de Exu na Praça dos Orixás, em Brasília, no Brasil
No Brasil, no candomblé, Exu é um dos mais importantes orixás e sempre é o primeiro a receber as oferendas, as cantigas e as rezas: é saudado antes de todos os orixás, antes de qualquer cerimônia ou evento. O Exu orixá não incorpora em ninguém para dar consultas como fazem os exus de umbanda, eles são assentados na entrada das casas de candomblé como guardiões, e em toda casa de candomblé há um quarto para Exu, sempre separado dos outros orixás, onde ficam todos os assentamentos dos exus da casa e dos filhos de santo que tenham Exu assentado.

É astucioso, vaidoso, culto e dono de grande sabedoria, grande conhecedor da natureza humana e dos assuntos mundanos daí a assimilação com o diabo pelos primeiros missionários que, assustados, dele fizeram o símbolo da maldade e do ódio. Porém "... nem completamente mau, nem completamente bom ...", na visão de Pierre Verger no texto de sua autoria "Iniciação" - contido no documentário "Iconografia dos Deuses Africanos no Candomblé da Bahia", Exu reage favoravelmente quando tratado convenientemente, identificado no jogo do merindilogun pelo odu okaran.

Sacrifício para Exu no candomblé do Ile Ase Ijino Ilu Orossi
Exu recebe diversos nomes, de acordo com a função que exerce ou com suas qualidades: Elegbá ou Elegbará, Bará ou Ibará, Alaketu, Agbô, Odara, Akessan, Lalu, Ijelu (aquele que rege o nascimento e o crescimento de tudo o que existe), Ibarabo, Yangi, Baraketu (guardião das porteiras), Lonan (guardião dos caminhos), Iná (reverenciado na cerimônia do padê).

A segunda-feira é o dia da semana consagrado a Exu. Suas cores são o vermelho e o preto; seu símbolo é o ogó (bastão com cabaças que representa o falo); suas contas e cores são o preto e o vermelho; as oferendas são bodes e galos, pretos de preferência, e aguardente, acompanhado de comidas feitas no azeite de dendê. Aconselha-se nunca lhe oferecer certo tipo de azeite, o Adí, por ser extraído do caroço e não da polpa do dendê e portar a violência e a cólera. Sua saudação é "Larôye!" que significa o bem falante e comunicador.

Consiste o padê em um prato de farofa amarela, acaçá, azeite-de-dendê e uma quartinha de água ou cachaça, que são "arriados" para Exu.

Na nação de angola ou candomblé de Angola, Exu recebe o nome de Aluvaiá, Pambu Njila e Legbá, no candomblé jeje.

Não deve ser confundido com a entidade Exu de Umbanda. Os exus de umbanda são entidades de pessoas desencarnadas que, por motivos de evolução espiritual, retornaram à terra para cumprir essa missão junto ao seus seguidores. Essas entidades são confundidas com esu ou exu do candomblé devido à proximidade que Exu tem com os homens. Entretanto, não são considerados orixás como o Exu, e sim entidades espirituais em evolução. Não se deve confundi-los com quiumbas - conhecedores das vontades de homens e mulheres no plano terrestre, onde viveram em épocas diferentes, com os mesmos problemas, desejos e sonhos.

Ajayô Samba do Monte

Domingo 7 de Maio de 2017 das 11h as 21h
Ajayô licença para voltar!
Sim voltar!
Terá Projeto Comunidade Samba do Monte
Aguardem mais informações
CONFIRME A PRESENÇA
https://www.facebook.com/events/1749755295336699/
asé
Programação
Saudação Eshu e Ogun
Residência Roberta Oliveira e o bando de lá
Roda de Samba Convidada Samba da Vila
Mestres de cerimônia Amanda Negrasim e James Lino
Velha Guarda A DEFINIR
Local Centro Cultural Monte Azul

sexta-feira, 24 de março de 2017

Samba do Monte fecha parceria com Samba em Rede

O O Projeto Comunidade Samba do Monte fecha parceria com Samba em Rede....
Aguarde movimentação! AJAYÔ

O Samba em Rede pretende apresentar ao público a agenda mais completa da programação de samba do eixo Rio-São Paulo. Para isso, buscamos mapear todos os eventos relacionados ao gênero nas duas cidades.

Em segundo lugar, o Samba em Rede busca ser o canal que coloca o samba em evidência resgatando e difundindo a história de um dos principais gêneros populares do país. Através do reconhecimento de figuras e manifestações do samba - mesmo que desconhecidas no mainstream -, procuramos dar voz a todos e às tradições que se perdem pela falta de registro.

Site: https://samba.catracalivre.com.br/brasil/
Face: https://www.facebook.com/SambaEmRede/

quinta-feira, 23 de março de 2017

Orixás, saudações, cores e dias

Saudações, cores e os dias

Exú – Mensageiro dos orixás
Saudação: Laroyê Exú!
Cores: vermelho e preto
Dia da semana: Segunda-feira

Ogum – O orixá da guerra, é também ferreiro
Saudação: Ogunhê
Cores: azul, verde
Dia da semana: Terça-feira

Oxóssi – O orixá da caça e rei das matas
Saudação: Okê arô!!
Cores: verde, azul
Dia da semana: Quinta-feira

Omulú/Obaluaiê – O orixá da medicina, deus da varíola
Saudação: Atotô!
Cores: marrom, cor palha
Dia da semana: Segunda-feira

Nanã Buruku – a mais velha dos orixás, primeira esposa de Oxalá, deusa da morte
Saudação: Saluba Nanã!
Cores: lilás, roxo
Dia da semana: Domingo

Oxumaré/Bessen – O orixá da riqueza representado pelo arco-íris e pela cobra
Saudação: Arroboboi Oxumarê!
Cores: amarelo e verde
Dia da semana: Terça-feira

Logunedé – O caçador filho de Oxum e Oxóssi
Saudação: Loci Loci Logun!
Cores: amarelo e azul
Dia da semana: Quinta-feira

Iansã – Senhora dos ventos e tempestades
Saudação: Epahey Oyá!
Cores: marrom e vermelho
Dia da semana: Quarta-feira

Xangô – Senhor da justiça
Saudação: Kao Kabiesilê!
Cores: vermelho e branco, marrom e branco
Dia da semana: Quarta-feira

Oxum – Orixá do amor, da fertilidade e maternidade
Saudação: Ora yê yê ô!
Cores: amarelo
Dia da semana: Sábado

Iemanjá – Deusa do mar, segunda esposa de Oxalá    
Saudação: Odò ìyá!
Cores: prata e branco
Dia da semana: Sábado

Ossaim – O orixá das plantas
Saudação: Ewê ô!
Cores: verde e branco com lista vermelha
Dia da semana: Quinta-feira

Obá – orixá dos ventos e redemoinhos
Saudação: Obá Xiré Yá!
Cores: rosa, coral
Dia da semana: Quarta-feira

Irokô – O orixá do Tempo
Saudação: Iroko y Só! Eeró!
Cores: branco, cinza
Dia da semana: Terça-feira

Oxalá/Oxaguiã/Oxalufã – O orixá maior
Saudação: ÈPA BÀBÁ !
Cores: Branco
Dia da semana: Sexta-feira
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