terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Chiquinha Gonzaga: a dama homenageada.

Tarde de terça feira de Carnaval.
A marcha de Carnaval surge entre um pensamento e outro, e nos leva a resgates de memória, lembranças de saudosa alegria familiar ... quem não se sente mais criança quando ouve uma marchinha?
Um dia, nossa mãe ou alguma tia... ouvia  e cantarolava marchinhas! e nos recordamos...quem não sorri por dentro, quando tem a sensação de  rever um quadro alegre na sua  memória?
E vamos a mera curiosidade de umas informações...

A primeira marcha foi a composição de 1899 de Chiquinha Gonzaga, intitulada " Ó Abre Alas", feita para o cordão carnavalesco Rosa de Ouro.

Marchinha de Carnaval
Marcha de Carnaval, também conhecida como "marchinha", é um gênero de música popular que foi predominante no carnaval dos brasileiros dos anos 20 aos anos 60 do século XX, altura em que começou a ser substituída pelo samba enredo em razão de que as escolas de samba não queriam pagar os altos preços cobrados pelos compositores musicais.
No entanto, no Rio de Janeiro, as centenas de blocos carnavalescos que anualmente desfilam durante o carnaval continuam, a cada ano, lançando novas marchinhas e revivendo as antigas.
(Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.)
veja a matéria original e completa:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Marchinha_de_Carnaval



Chiquinha Gonzaga 
 Reprodução do livro Chiquinha Gonzaga, de Edinha Diniz, 2001. Arquivo IMS.

Incrivelmente guerreira, vencedora, maestra e exemplo para todos, vamos lembra-la hoje, homenageando-a pelas lições e pelo encorajamento que nos presenteia... a  garra tem em sí sua recompensa ...
Muitos Salves!!!! a essa grande memória de mulher brasileira!


Francisca Edwiges Neves Gonzaga
Compositora, instrumentista, regente.
Nasceu em 17/10/1847 e faleceu  28/02/1935, no Rio de Janeiro/RJ

  •  Maior personalidade feminina da história da música popular brasileira
  •  uma das expressões maiores da luta pelas liberdades no país,
  •  promotora da nacionalização musical,
  •  primeira maestrina, 
  • autora da primeira canção carnavalesca,
  •  primeira pianista de choro,
  •  introdutora da música popular nos salões elegantes, 
  • fundadora da primeira sociedade protetora dos direitos autorais,
  • pianista, estudou desde tenra infancia piano com professor particular 
  • aos 11 anos compôs sua primeira música, uma cantiga de Natal: Canção dos Pastores.

 Dona de uma personalidade espantosamente vanguardista, deparou-se com discriminações e sofreu fortes preconceitos por desafiar os padrões familiares da época.
Casou-se aos 16 anos, com um oficial da Marinha Mercante escolhido por seus pais.
Poucos anos depois abandonou o marido por um engenheiro de estradas de ferro, de quem também logo se separou. Passou a sobreviver como professora de piano.
A convite do famoso flautista Joaquim Antônio da Silva Callado (1848-1880), passou a integrar o Choro Carioca como pianista, tocar em festas e frequentar o ambiente artístico da época.

  • estréia como compositora em 1877, com a polca Atraente, composta de improviso durante roda de choro em casa do compositor Henrique Alves de Mesquita.
  • em 1889 promoveu e regeu, no Teatro São Pedro de Alcântara, um concerto de violões, instrumento estigmatizado àquela época. 
  • foi uma ativa participante do movimento pela abolição da escravatura, 
  • vendeu suas partituras de porta em porta a fim de angariar fundos para a Confederação Libertadora de Escravos.
  • comprou a alforria de José Flauta, um escravo músico,  com o dinheiro arrecadado na venda de suas músicas
  •  Chiquinha Gonzaga também participou da campanha republicana e de todas as grandes causas sociais do seu tempo.
  •  Já era uma artista consagrada quando compôs, em 1899, a primeira marcha- rancho, Ó Abre Alas, verdadeiro hino do carnaval brasileiro.
  • em 1912,  musicou a burleta de costumes cariocas Forrobodó, seu maior sucesso teatral, dando uma contribuição decisiva ao teatro popular.
  • em 1914,causou escândalo político, quando seu tango Corta-Jaca foi executado pela primeira- dama do país, Nair de Teffé, em recepção oficial no Palácio do Catete, 
  • liderou a fundação da SBAT, sociedade pioneira na arrecadação e proteção dos direitos autorais. 
  • Recebe homenagens consagradoras da SBAT e reconhecimento do país inteiro.
  • 1928 Seu filho João Gualberto morre em São Paulo.
  • 1933 Aos 85 anos, escreve sua última partitura para teatro: Maria.
  • 1934 Falecimento da filha Maria.
1935,  Chiquinha Gonzaga faleceu aos 87 anos de idade, no dia 28 de fevereiro, no Rio de Janeiro.
 Dois dias depois realiza-se o primeiro concurso oficial das escolas de samba.

Projeto Comunidade Samba do Monte e Espaço Comunidade saúdam a grande dama.

por: Rosa Moreno
referências: http://pt.wikipedia.org/wiki/Marchinha_de_Carnaval
http://www.chiquinhagonzaga.com/biografia.html
Verbete biográfico e dados cronológicos retirados do livro "Chiquinha Gonzaga: uma história de vida", escrito por Edinha Diniz, em nova edição revista e atualizada. Jorge Zahar Editora, 2009.



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